Quais as principais diferenças entre alopatia e homeopatia?

Sumário

Alopatia e homeopatia são sistemas terapêuticos para tratar doenças, porém com princípios diferentes. Neste artigo, vamos ver o que é cada uma dessas terapêuticas; quais são as principais diferenças entre alopatia e homeopatia e as vantagens e desvantagens entre alopatia e homeopatia.

Alopatia e homeopatia:

  • Homeopatia – A homeopatia é uma terapia desenvolvida pelo médico alemão Samuel Hahnemann há 222 anos, que baseia-se no princípio similia similibus curantur (semelhante cura semelhante). Isso significa que a homeopatia trata os pacientes com medicamentos que causam sintomas parecidos com os provocados pela doença.
  • Alopatia – A alopatia trata as doenças com medicamentos que provocam reações contrárias aos sintomas dessas doenças, ou seja, “cura pelo contrário”. É a chamada medicina tradicional em que se usa, por exemplo, um antitérmico para combater a febre, um analgésico para combater a dor ou um antibiótico contra uma infecção bacteriana.

Essa é a principal diferença entre alopatia e homeopatia, mas também existem outras diferenças que veremos ao longo desse artigo, assim como vamos ver, também, a etimologia de alopatia e homeopatia; exemplos de tratamentos com alopatia e homeopatia; qual a diferença entre a formação do médico que faz tratamento de alopatia e homeopatia e quais as vantagens e desvantagens da alopatia e homeopatia. Aqui, vamos entender melhor qual é o princípio da homeopatia e se pode tomar alopatia e homeopatia juntas.

Etimologia: entenda a diferença entre a origem dos termos alopatia e homeopatia

Alopatia e homeopatia

Diferença etimológica entre alopatia e homeopatia:

“Homeopatia” é uma palavra de origem grega, introduzida por Hahnemann, onde homóis significa “semelhante” e pathos significa “sofrimento, doença”, o que remete ao princípio da homeopatia, que é a “cura pelo semelhante”.

O termo alopatia também foi introduzido pelo médico Hahnemann e referia-se a qualquer método de cura que não fosse o homeopático. Posteriormente, passou a englobar as outras práticas medicinais não homeopáticas.

A palavra “alopatia” vem dos termos gregos állos = “outro”, “diferente” + páthos = “sofrimento” e significa, portanto, “dor contrária” e se baseia, na “cura pelos contrários”. Esse é seu princípio.

  • Alopatia e homeopatia – Na etimologia das palavras, a diferença entre alopatia e homeopatia e diz mais sobre suas práticas e fica mais fácil de entender: a homeopatia busca tratar o paciente com medicamentos que ocasionam reações semelhantes às da doença; já a alopatia busca tratar da doença, buscando o contrário, ou seja, o combate.

Diferença entre a formação do médico que faz tratamento com alopatia e homeopatia

Quando se pensa nas principais diferenças entre alopatia e homeopatia é natural pensar qual a diferença entre a formação do médico que faz tratamento com alopatia e homeopatia, mas a formação inicial não apresenta diferenças, visto que ambos os médicos passam pela faculdade de medicina. O que os difere em suas formações é a especialização.

Enquanto o profissional da alopatia segue pelo caminho convencional, o da homeopatia busca especializações dentro do campo homeopata. Para se tornar um homeopata, o médico deve passar por um curso de pós-graduação de aproximadamente 1200 horas e realizar provas para obter o título de especialista.

Conheça as principais diferenças entre alopatia e homeopatia

Diferenças entre aloaptia e homeopatia

Um artigo publicado pela universidade Guairacá explica bem a diferença entre alopatia e homeopatia.  

Alopatia e homeopatia são diferentes ciências, formas de tratamentos das enfermidades. Diferem em filosofias, conceitos e aplicações, no entanto, o objetivo é o mesmo: curar a enfermidade e reestabelecer a saúde ao paciente. Ambas as ciências, a alopatia e a homeopatia, são aliadas à promoção da saúde.  

Alopatia e Homeopatia:

Alopatia – Vamos começar pela alopatia, também denominada de terapia tradicional. Ela teve início na Grécia Antiga e baseava-se na medicina Hipocrática, tendo sua aplicabilidade amplamente difundida por Claudio Galeno, denominado como “o pai da alopatia”.

A alopatia é imediatista e baseia-se no atendimento coletivo, cortando o desconforto de forma rápida, aliviando o sofrimento. A alopatia neutraliza ou elimina os sintomas apresentados, sem combater a causa específica que originou aquele quadro. Nesses casos, a manifestação clínica da doença pode voltar a acontecer, sobretudo em virtude de desequilíbrios causados entre corpo e mente.

Homeopatia – A homeopatia promove a cura de uma doença por meio de medicamentos que causam sintomas parecidos com os que o paciente apresenta. Isso faz com que o corpo potencialize sua capacidade curativa e seja capaz de combater os sintomas por si só.

O tratamento através de remédios homeopáticos é individualizado e leva em conta uma série de fatores da vida do paciente – como traumas de infâncias, hábitos alimentares, percepção de mundo etc. – para compreender a origem do desequilíbrio do organismo que resultou no aparecimento de uma doença.”

Homeopatia e Alopatia: farmácia

Vantagens e desvantagens entre os tratamentos de alopatia e homeopatia

Agora que já descobrimos um pouco mais sobre o que é alopatia e homeopatia, vamos ler quais são as vantagens e desvantagens da alopatia e homeopatia.

  • Alopatia e homeopatia – A homeopatia, como já citado, busca tratar o paciente e não a doença. A terapia utiliza de medicamentos de ação mais suave e segura, que não sejam agressivos ao organismo.
  • Alopatia e homeopatia – De acordo com o médico homeopata Fernando Santiago, a homeopatia é uma forma de tratamento que contempla a totalidade do ser humano e não apenas as doenças isoladamente.  É um tratamento menos agressivo que atua através de estímulo energético e não por efeito químico de drogas. O custo do tratamento é muito menor, quando comparado aos esquemas terapêuticos convencionais.
  • Alopatia e homeopatia – A consulta homeopática, por abordar questões relativas à vida inteira do paciente, é mais humanizada que a grande maioria das consultas com especialistas.

Vantagens da homeopatia e da alopatia

Entre as vantagens do tratamento homeopático portanto, temos:

  1. Restabelecimento do equilíbrio orgânico
  2. Redução de efeitos colaterais
  3. Relação mais estreita entre médico e paciente
  4. Redução da agressividade do tratamento
  5. Prevenção de novas doenças ou sua reincidência
  6. Redução de gastos com o tratamento

+ LEIA MAIS: O que é um médico homeopata?

Para o homeopata Fernando Santiago, a principal desvantagem da homeopatia é o fato de o paciente ter uma corresponsabilidade em seu tratamento e, a depender do comportamento seu comportamento, os resultados podem demorar mais ou menos tempo para se efetivarem.

  • Alopatia e homeopatia – A alopatia tem uma característica de busca pelo alívio imediato, principalmente quando o problema está relacionado à dor ou a uma emergência.
  • Alopatia e homeopatia – Entre as desvantagens da alopatia, está o fato da maioria dos medicamentos ser associado a algum efeito colateral.

Pode tomar alopatia e homeopatia?

Sim, pode tomar alopatia e homeopatia juntas, sempre com orientação médica.

Quais são os princípios da homeopatia?

Existem 4 princípios da homeopatia: a Lei dos semelhantes, a experimentação no homem são, doses mínimas e dinamizadas e o medicamento único.

Lei dos semelhantes

pode misturar homeopatia e alopatia?

Hahnemann retomou o princípio da semelhança de Hipócrates (460 – 377 a.C.), quando realizou a primeira experiência com quinino em si mesmo e sentiu que havia encontrado a resposta à sua procura de uma arte de curar que fosse lógica, realmente eficaz e curativa. Ele realizou suas experiências com metodologia científica, obtendo resultados que podem ser reproduzidos quantas vezes se desejar.

Pela Lei dos Semelhantes, as substâncias têm a potencialidade de curar os mesmos sintomas que são capazes de produzir. Um exemplo de maneira bem simples: se uma pessoa ingerir doses tóxicas de uma substância chamada Arsenicum album, ela irá apresentar tais sintomas como dores gástricas, vômitos e diarreia; se, por outro lado, dermos essa mesma substância, preparada homeopaticamente, a um enfermo que apresenta dores gástricas, vômitos e diarreia, obteremos como resultado a cura desses sintomas.

Experimentação no homem são

As experimentações com substâncias preparadas homeopaticamente devem ser realizadas em homens sãos para que possam ser usados para curar homens doentes. Por que em homens sãos e não em animais? A doença se manifesta não só por sinais objetivos observáveis pelos sentidos, mas também por sintomas e sensações subjetivas. Não seria possível registrar completa e fielmente as sensações subjetivas de, por exemplo: cães, ratos ou gatos, pois estes não poderiam comunicá-los durante as experimentações. Para tratamento dos animais ou das plantas usamos os resultados das experimentações nos seres humanos, por analogia de sintomas.

A pesquisa homeopática, priorizando sujeitos humanos saudáveis, visa tratamentos eficazes. Opta-se por humanos devido à subjetividade dos sintomas, enquanto a analogia sintomática guia o cuidado a animais. Essa abordagem amplia a compreensão e promove eficácia nos tratamentos.

Doses mínimas e dinamizadas

No início de suas experiências, Hahnemann usava medicamentos diluídos, porém, ainda contendo matéria. Com o tempo, ele percebeu que essas diluições ainda eram suficientemente fortes para causarem sérias agravações quando os medicamentos eram administrados aos pacientes. Devido a essas reações indesejáveis, passou a diluir cada vez mais os medicamentos, percebendo que obtinha melhores resultados quando também eram agitados. Foi assim que chegou às doses infinitesimais (extremamente diluídas) e dinamizadas.

princípios da homeopatia

Hahnemann percebeu que não era a quantidade de substância que importava, pelo contrário. Quanto menor a quantidade presente e quanto mais agitada a diluição, maior era o potencial de energia curativa. A dose diminuta prescrita pelo homeopata não é mera diluição da droga forte. Ela é o que se chama potência, isto é, algo que possui poder.

Medicamento único

Hahnemann recomendava o uso de apenas um medicamento de cada vez, ou seja, o medicamento que contivesse o maior número de sintomas que o paciente apresenta.

Existem divergências, como em todas as especialidades médicas e em todas as áreas do conhecimento humano entre as várias escolas homeopáticas em todo mundo. Todas têm suas razões e ponderações.

Temos basicamente duas tendências: a UNICISTA, que usa apenas um medicamento para tratar todos os sintomas de um determinado paciente e a PLURALISTA, que usa vários medicamentos, um para cada grupo de sintomas do paciente, como é feito na alopatia.

Homeopatia e Alopatia: farmácia homeopática

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